A tão esperada retomada da economia brasileira ainda está em compasso de espera e isso se reflete no mercado imobiliário. Um dos reflexos é o Índice FipeZap, um dos principais indicadores do mercado imobiliário e que leva em conta o preço médio dos apartamentos em 50 grandes cidades brasileiras com base nos anúncios na internet.

No acumulado até o mês de julho, o índice aponta alta nominal de 0,26% no preço em 2019, variação menor do que a inflação no período, segundo o IPCA/IBGE (+2,46%).

Em 17 das 50 cidades pesquisadas, o índice apresentou queda, ou seja o preço dos imóveis começou o segundo semestre mais barato do que no começo do ano. Confira em quais cidades foram registradas as maiores quedas.

João Pessoa (PB) – 5,33% (foto)

Curitiba (PR) – 3,26%

Londrina (PR) – 1,99%

Recife (PE) – 1,53%

Niterói (RJ) – 1,34%

Salvador (BA) – 1,23%

Além disso, o índice também apresentou queda no Rio de Janeiro (RJ) , Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Campo Grande (MS), Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Santo André (SP), Santos (SP), Betim (MG), Canoas (RS) e Jaboatão dos Guararapes (PE).

 

Aumento nos preços

Entre as capitais pesquisadas, as que registraram maior aumento nos preços foram Manaus, com alta de 5,04%, e Brasília, com 3,10%. Em São Paulo, a variação foi positiva em 1,59%.

Em relação ao preço de venda residencial, em julho de 2019, a média foi de R$ 7.179/m² entre as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap.

Dentre elas, Rio de Janeiro se manteve como a capital monitorada com o preço do m² mais elevado (R$ 9.398/m²), seguida por São Paulo (R$ 8.952/m²) e Brasília (R$ 7.268/m²).

Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda residencial por m², destacaram-se: Campo Grande (R$ 4.102/m²), Goiânia (R$ 4.247/m²) e João Pessoa (R$ 4.492/m²).

 

Imóveis novos e usados

Os números do FipeZap também apontam para um outro fenômeno do mercado. Dados da cidade de São Paulo levantados pelo Zap a pedido da revista EXAME mostram que, entre 2014 e 2019, o valor médio do metro quadrado de um imóvel usado subiu 12,2%.

Já o dos novos, que são aqueles vendidos diretamente pelas construtoras ainda na planta ou recém-concluídos, caiu 20,2%.

Ou seja, desde 2014, o metro quadrado de imóveis novos ficou mais barato, enquanto que o metro quadrado dos usados ficou um pouco mais caro.

Uma das explicações é principalmente o excesso de imóveis em estoque das construtoras e incorporadoras, que, para fechar negócio com os apartamentos encalhados, baixam o preço, para fazer o dinheiro girar.

Já no mercado de imóveis usados, a lógica é outra. Quem pretende vender chega a esperar anos por uma boa oportunidade, até mesmo porque, muitas vezes, está morando no imóvel à venda.

Para os profissionais do mercado imobiliário, o importante é sempre ficar atualizado para aproveitar as oportunidades que surgem nessas variações, sejam de queda ou de aumento de preço.

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