A Reforma da Previdência foi alvo de polêmicas e sua aprovação causará impacto nos diversos setores da economia, incluindo o mercado imobiliário. Isso, porque o Governo gasta mais do que arrecada, o que gera um aumento no déficit público a cada ano.

É justamente a Previdência Pública, na qual todos os brasileiros têm direito ao cumprir com os critérios estabelecidos de idade, tempo de contribuição efetiva, um desses principais gastos.

Isso, porque a expectativa vida da população brasileira têm aumentado consideravelmente, enquanto a de natalidade tem caído. Sendo assim, há um desequilíbrio entre arrecadação e gastos, à medida que o número de contribuintes reduz em relação ao número de pessoas aposentadas.

Assim, para retomar o equilíbrio financeiro, há duas alternativas: criar mais impostos ou emitir mais dinheiro, o que resulta em aumento da inflação. Ambas as alternativas geram diversos impactos negativos na economia.

 

Como o mercado imobiliário é impactado

Os juros altos reduzem as atividades do mercado imobiliário e a taxa de juros tem relação direta com a Reforma da Previdência. Com a sua aprovação, esse cenário se modifica, visto que a tendência é a queda de juros, o que vai estimular o investimento no Brasil e como consequência, vai gerar novos empregos e maior confiança do consumidor.

As novas regras para aposentadoria influenciam os juros dos bancos para concessão de créditos para compra de imóveis, o que amplia a possibilidade de mais pessoas realizarem a compra de um imóvel financiado.

Com isso, a tendência é que o valor dos imóveis suba, o que torna esse momento o mais propício para a aquisição de um imóvel.

A expectativa da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) é que o mercado imobiliário cresça 10% em 2020, resultado também dos efeitos da aprovação da Reforma da Previdência.

 

Benefícios para as empresas e para os consumidores

É possível perceber, portanto, que a aprovação da Reforma da Previdência pode gerar muitos benefícios para a população, mas também para as empresas do setor imobiliário. Com a redução das taxas de juros e o aumento da confiança, os bancos disponibilizarão volumes consideráveis para empréstimo com prazos de até 30 anos, o que facilita que o consumidor realize o sonho de adquirir a casa própria.

Como resultado, as empresas do setor vão melhorar seus resultados, gerando novos empregos, aumentando as rendas das famílias e aumentando a economia como um todo: consumidores, investidores e economia.

Somente nos cinco primeiros meses de 2019, por exemplo, diante da expectativa da aprovação da Reforma da Previdência, o financiamento imobiliário que usa recursos da poupança teve um aumento de quase 40% e ultrapassou os R$ 27 bilhões, o que proporcionou o financiamento de 104 mil imóveis no país, um aumento de 31% com relação a 2018.

A previsão é que 2020 seja ainda melhor tanto para consumidores que sonham com a casa própria, quando para as construtoras e imobiliárias.

Sabe-se que a Reforma da Previdência não solucionará todos os problemas da economia do Brasil. Muitas outras reformas precisam ser realizadas para que o país continue na rota do desenvolvimento. Porém, em curto e médio prazo, essa aprovação pode resultar em bons frutos para a economia.