1 – Qual o balanço que a CRECISP faz do ano de 2018, sobre o mercado imobiliário? Foi o ano da retomada dos negócios?

José Augusto Viana Neto – Baseado em nossas pesquisas estaduais, podemos detectar um resultado satisfatório do mercado frente a tantas instabilidades político-econômicas que o país enfrentou. Até agosto, registramos um crescimento de 35% nas vendas estaduais e de 13% na locação, o que nos anima a dizer que este tem sido um ano de reaquecimento, o que traz boas perspectivas para 2019.

2 – Quais são os desafios e as perspectivas para 2019?

José Augusto Viana Neto – O principal desafio será definido a partir da política habitacional que for desenvolvida pelo novo governo. Acho que ainda não conseguimos mensurar quais serão esses impactos. De qualquer maneira, tenho expectativas otimistas quanto a um bom crescimento da economia, o que sem dúvida, vai favorecer o nosso setor.

3 – Quais são as principais tecnologias que devem ajudar no crescimento do setor em 2019?

José Augusto Viana Neto – Atualmente já dispomos de muitos aplicativos que têm somado esforços com os corretores no sentido de dinamizar seus trabalhos. Temos o Google Maps, para facilitar a localização dos imóveis, sistemas integrados para a vistoria e a elaboração do contrato, o CamCard de cartões de visitas, e diversos outros que podem ajudar muito no dia a dia do profissional.

4 – Qual é o novo perfil do cliente do mercado imobiliário?

José Augusto Viana Neto – O novo cliente é aquele que chega na imobiliária já tendo pesquisado pela internet o que lhe interessa. Ele tem todas as informações que deseja de forma antecipada, o que transforma o trabalho do corretor em algo muito mais aprimorado. Para conquistar esse cliente, o profissional precisa oferecer um atendimento diferenciado e mostrar a ele a real importância de seu trabalho. No geral, os clientes estão cada vez mais exigentes.

5 – Quais são os principais temas do setor imobiliário que devem estar na agenda do novo governo e do novo Congresso?

José Augusto Viana Neto – O setor tem defendido temas relevantes como a segurança jurídica dos contratos e distratos, o uso do FGTS na habitação, o déficit habitacional e as melhores formas para minimizá-lo. Mas acho que entre os tópicos principais está a questão do aquecimento da economia via construção civil e o volume de crédito imobiliário a ser concedido, favorecendo a aquisição das moradias pela população de renda mais baixa.